Atendo aqui uma família da Bahia, a família é de uma cidade que fica no Rio São Francisco (uma ilha no meio do rio, o qual não me lembro o nome agora). O casal teve um filho há 29 dias, e a consulta seguia de forma “rotineira” até que:
– Doutor Lucas, minha mãe levou o umbigo dele lá pra nossa cidade, porque sabe como é né, na nossa terra a gente enterra o umbigo num curral e dá um bezerro, uma vaca ou um cavalo para criança que nasce. Agora, ele já está com o umbigo enterrado, meu pai deu um bezerro e minha avó já deu 2 para ele. O meu filho tem mais bezerros que eu já!
E que eu também, porque não tenho umbigo enterrado e bezerro nenhum.. Ai se alguém daqui da minha cidade no interior de São Paulo ouvir isso, vai achar que é loucura, frescura, ou qualquer coisa doida dessas.. Que enterre muitos umbigos por lá e venham muitos bezerros, potros e outras alegrias de nossas vidas…
Isso aí. Cultura. Que carreia alegria, diversão e fé.
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